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terça-feira, 28 de junho de 2011

O 4º HOMEM



 "Então o rei Nabucodonosor se espantou e se levantou depressa; falou, dizendo aos seus conselheiros: Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei.Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus." Daniel 3:24-25


"Escolhemos pela fornalha..."






Essas são as últimas palavras daqueles três jovens antes de entrarem no lugar mais indesejado de toda Babilônia. Uma fornalha gigante que serveria como punição a quem não se dobrasse ao ego inflamável do rei, agora se tornara sete vezes pior...


Ninguém naquela nação queria entrar lá, mas havia quem optasse por ela.


E quando Deus escolhe lugares (momentos) em que nós não gostaríamos de estar para nos encontrarmos com Ele? O fato é que idealizamos romanticamente um lugar para estar com Deus, porém aqui a escolha divina em mostrar Sua Graça e Amor é na desgraça e tragédia humana.



Todos nós estamos com muitas fornalhas hoje...


Fornalha representa o alto preço que você está pagando pelas decisões corretas que você tomou.


Fornalha é a escolha que você tem que fazer entre o certo e o errado.


Fornalha é a decisão pelo não fazer, só porque todo mundo faz.

 
Nessa manhã eu também escolho a fornalha!



A escolhi porque sei que no auge do calor do meu sofrimento, esse lugar que todos acham improvável e indesejado, encontro a segurança da Presença de Deus. Entro nessa fornalha calado e injustiçado, pois lá encontro Aquele que me justifica e é minha resposta.


Dentro da fornalha, pode ser que a gente não perceba, mas o 4º Quarto Homem lá está comigo sobre o que seria nosso fim. Fora da fornalha, quem não cria na minha salvação e até desejava o meu mal agora tem que fazer conta para entender a Graça de Deus que não me abandona em nenhum momento.


Quero estar onde Deus está, por isso não temo o fogo das maldades. Eu temo não estar junto do 4º Homem. Não temo a morte, temo viver sem Unção Dele. Não me entrego às ameaças, mas me lanço nos braços Dele.


Essa fornalha não tem poder de me afastar, pelo contrário me aproxima Dele.


Não me queima, mas purifica a minha fé. Não me fere mas aquece minha fé e amor Nele.

 
O mesmo que nos recebe na fornalha é o que nos livra dela.



Na correria desse meu dia, recebam meu beijo e oração para que somente vejamos Quem está conosco nessa fornalha.



Domingo às 18:00, te espero na Av. Jd. Japão, 736.





Nele, que faz de fornalha lugar para "passear".


Ricardo

sexta-feira, 3 de junho de 2011

DORME PEDRO

"E quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão." Atos dos Apóstolos 12:6

Seu amigo inseparável fora cobaia de uma armação política.

Herodes viu que perseguir, torturar e prender os discípulos do Caminho lhe rendia popularidade e alegria do povo. A articulação de Herodes é muito bem calculada pois os alvos escolhidos foram figuras com representatividade naquela comunidade por nome cristãos. Agora, a perseguição alcançava o grupo que vivia em torno da fé de que Jesus havia ressuscitado dos mortos.

Tiago foi morto como espetáculo e intimidação, e o novo alvo era Pedro que fora preso.
Pedro perde a noção do que acontece fora da cela. Encarcerado ele fica inerte a tudo que acontecia. Poderia pensar que era dado início a perseguição de seus amigos, sua própria família, todos em perigo real.
Sabia que ao amanhecer, seria setenciado pois, era oportuno que as autoridades assim fizessem, eram os dias dos pães asmos, dias de festa, com a cidade cheia de peregrinos que vinham para a festa. Sabia que viraria entretenimento para o povo, sentenciado com toda a maldade que seus algozes poderiam inventar, à semelhança de Tiago ou até mesmo de Estevão.

Preso, era vigiado por quatro escoltas de quatro soldados cada uma.
A sua comunidade de fé estava reunida em oração. Pedro deveria estar ansioso.
Mas, Pedro dormia.
Dormia entre dois soldados, acorrentado com duas algemas e havia outros guardas à porta, guardando o cárcere.

Nessa madrugada muitos milagres aconteceram, porém, o que mais me impressiona é Pedro dormir. Pedro, o inconseqüente, mostrava sinais da sua nova opção de vida. O cara ansioso, com ações sem pensamentos e reflexões, que fazia uso da espada sem pensar, que prometia sem analisar o que dizia, que era inconstante, e refém de sua ansiedade; dorme, porque crê.

Dorme Pedro...

Dorme Pedro, porque no teu descanso teu Deus trabalha.
Dorme Pedro, porque uma comunidade de fé em oração é mais forte que um império. Dorme, e sabes que até tua prisão tem um sentido. Dorme e descansa, porque ainda que tuas mãos estejam acorrentadas tua fé não está. Ela está livre para crer que o choro dura uma noite mas a alegria vem pela manhã. Dorme e não chora, porque Tiago não está perdido, ele foi achado.
Dorme Pedro e sonha, porque teus sonhos não estão condenados ao fracasso.
Dorme Pedro e sabe, que dos teus Ele cuida...
Dorme, porque é bem cedo a hora de levantar, caminhar e ver as portas, antes fechadas, se abrirem diante de você. Dorme Pedro, e se ainda perder a hora fique em paz, porque anjos são o teu despertador.


Meu convite a você hoje, é descansarmos em fé onde quer que estejamos: na dor, na derrota, nas urgências da vida e sonharmos urgentemente, pois a hora de levantar e caminhar está chegando!

Domingo às 18:00, se você desejar palavra, conselho e oração teremos muita alegria em te receber!

Avenida Jardim Japão, 736.

Abaixo uma bela música para ninar

Nele, que não dorme e nem cochila.
Ricardo


Dorme tranqüilo. Eu velo por ti.
Dorme quieto. Estou sempre aqui.
Pertinho de ti. Não canso, não durmo,
Vigio e guardo a ti e aos teus,
Descansa em meus braços; eu sou o teu Deus.

SER IGREJA



Ser igreja é
não estar em disputa com as Religiões do mundo, e nem tampouco pretender ser uma delas...

Ser igreja é saber que o único Dogma da Fé é o amor, e que tudo o mais, sem amor, nada aproveitará aos olhos de Deus, mesmo que a doutrina esteja certa...


Ser igreja é saber que não se vai a igreja... sou igreja onde estou. E sendo igreja e carregando essa consciência, não a fazer de motivo fútil para não "congregar" como ensina o escritor aos Hebreus.

Ser igreja é ser sal para salgar e se dissolver no que não tem gosto, Jesus disse que o sal no sal, vira monturo; e, assim, para nada mais presta senão para ser pisado pelos homens...

Ser igreja é saber que os sinais seguem os que creêm, não os que creêm seguem os sinais...

Ser igreja é entender que Deus não só falará se alguém estiver em algum lugar com a bíblia aberta...

Ser igreja é não marcar nada para Deus, nem mesmo um encontro pois cada encontro com Ele não acontece no sítio alugado em um fim de semana, mas somente no coração e fora de qualquer agenda e horário...

Ser igreja é estar livre em Cristo de todas as maldições: familiares, psicológicas, sentimentais, espirituais e todas quantas possam haver na alma humana de tal modo que até a “comigo-ninguém-pode” está liberta para ser somente a bela planta que é...


Ser igreja é entender que em qualquer lugar se fica quem quer e até quando deseje... E quem não estiver contente não precisa ser taxado de rebelde e nem de insubordinado. Ele é livre para discordar e sair. Sem maldições e sem ameaças;

Ser igreja é saber que liberdade é uma coisa e libertinagem é outra...
Ser igreja é entender que nenhum 'meio' é mais importante que o fim...

Ser igreja é entender que o Evangelho foi feito para crescer no coração, não para encher galpões de pessoas...

Ser igreja é amar a Bíblia, sem esquecer que ela serve Jesus e não ao contrário...

Ser igreja é não fazer distinção entre pecado e pecado, pois todos pecaram e carecem da Glória de Deus...

Ser igreja é saber que louvor é vida e não período para começar reuniões...

Ser igreja é diante de cada tristeza e alegria dizer: "Maranata!"



Por muito tempo dediquei mensagens, textos e conselhos dizendo o que a igreja não é. Daqui por diante, meu coração dirá somente o que a igreja é...


Nesse domingo às 18:00, convido vocês a juntos participarmos da Mesa do Senhor.
Na avenida Jardim Japão, 736.

Um beijo a vocês,


Nele, em Quem somos morada.
Ricardo

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O PRÓDIGO QUE NÃO SAIU DA CASA


“Ora, o filho mais velho estivera no campo; e quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a
música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio
teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se
indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo” (Lucas 15:25-27).

Quando voltava do serviço ouviu um barulho de festa.
Chamou os funcionários e perguntou o que acontecia dentro da casa para ser motivo de tamanha comemoração: Era o irmão caçula frequentador de prostíbulos e beberrão que voltara pra casa depois de uma crise que o fez perder totalmente sua parte na herança do pai. Sua indignação enche o seu coração e o faz tomar uma decisão: "Eu me recuso a entrar na casa do meu Pai!".

Todo mundo lembra e fala do caçula... Afinal vem dele o insulto em pedir a sua parte na herança do pai ainda vivo. "Pai você está demorando para morrer, dá o que é minha parte.". Foi ele quem saiu da casa do Pai...


Há pródigos que saem casa do Pai, mas há pródigos que ficam nela: o filho mais velho, que não saiu da casa do Pai, não dormiu com prostitutas nem gastou a herança do pai.
Jesus nas últimas parábolas está falando de coisas perdidas: A dracma, a ovelha e agora fala dos dois filhos pródigos.

Dois?

Sim!

O outro ficou na casa trabalhando... se envolveu com atividades mais diversas na casa.
Devia conhecer cada canto da casa.
Mas o distanciamento dele para o Pai fica notável quando ele volta do campo em um dia de trabalho, e está desinformado do que o próprio Pai fazia na casa.

O pródigo que não saiu da casa e o pródigo que está no chiqueiro...

O que está com os pés no chiqueiro está com o coração no Pai.
O que está na casa do pai envolvido com trabalhos, se engana no fato que pelo muito fazer na casa tornava ele alguém especial, antes o contrário: estava há milhões de quilômetros do Pai.

O que está no chiqueiro está voltando para o Caminho do Pai, o que está na casa acha que somente agora ele não entra mais quando na verdade nunca esteve lá.

O que está no chiqueiro acredita no amor do Pai que perdoa. O que está na casa des-acredita no amor que perdoa... O que os pregadores chamam de perdido, achado estava e o que dizemos que nunca saiu fora ficou.


Nesse caminho de volta, quero lembrar você pródigo que não saiu da casa que o Pai o quão cínico você se tornou. E o quão o pródigo que saiu, mesmo junto aos porcos, está com o coração mais aquecido e cheio da Graça de Deus que o teu.

Frequentar a igreja não nos faz melhores que ninguém! Aliás tenho conhecido muitos pródigos no Caminho, que fora da casa tem sabido mais do Pai do que quem nela está.




Um beijo a você!

Nele, em Quem caminho como um pródigo que deseja Seu abraço e perdão.
Ricardo

O LENÇO DOBRADO

 

"Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis, e que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte." João 20:6-7
Naquela madrugada, os dois correm em direção ao sepulcro vazio, o que estava cheio era o coração: dúvidas, medos e necessidade de ter evidências esmagadoras daquilo que relutavam em acreditar.
João dispara na frente, afinal ele é jovem e entusiasmado enquanto Pedro ruma em uma passada cheia de culpa e esse peso somado a sua idade o fazia lentamente ir adiante.

A dor em Pedro era insuportável, o galo cantou o início de uma crise e angústia que massacravam seu coração. João estava parado na porta do sepulcro, emudecido. Pedro se aproximando passa pela porta, e João, e observa algo aparentemente comum: lençóis que envolviam o corpo de Jesus (como um casulo mesmo) e um lenço dobrado que ficava ao rosto Dele em um lugar separado.

Sempre me causou cisma a Bíblia precisar de um versículo para narrar um lenço dobrado... Aquele simples detalhe mexeu demais com os dois e não é por menos:

O lenço dobrado tem haver com o Amo e o Servo, e todo menino Judeu conhecia a tradição.
Quando o servo colocava a mesa de jantar para o seu amo ele buscava ter certeza em fazê-lo exatamente da maneira que seu senhor queria. A mesa era colocada perfeitamente e o mordomo (servo) esperaria fora da visão do seu senhor até que o mesmo terminasse a refeição. O servo não se atreveria nunca tocar a mesa antes que o amo tivesse terminado a refeição.
Se o senhor tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus dedos, sua boca e limparia sua barba e embolaria seu lenço e o jogaria sobre a mesa. Naquele tempo o lenço embolado queria dizer: Eu terminei.  
 
Se o senhor se levantasse, e deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o servo não ousaria em tocar a mesa porque ...  
o lenço dobrado queria dizer:   "Ainda não terminei. Eu voltarei "


Saudades de todos,

Domingo às 18:00 na Caverna, se você desejar oração, palavra e carinho.

Nele, em Quem sou mesa para serví-Lo.
Ricardo

sexta-feira, 11 de março de 2011

ENXUGUE AS LÁGRIMAS E VEJA O POÇO!



"Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba. E consumida a água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores. E foi assentar-se em frente, afastando-se à distância de um tiro de arco; porque dizia: Que eu não veja morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou. E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está." (Gênesis 21:14-17)

"Errante"... assim a bíblia chama a nova caminhada de Agar. Depois de muitos anos de trabalho escravo e ser 'barriga de aluguel' para Abraão e Sara, Agar deixa de ser útil e foi dispensada, saindo apenas com um cântaro de água e pão. Agar era vítima do mal-humor e complexo de inferioridade de Sara, que sempre usava Abraão para definir os rumos que a vida de Agar tomariam.

Por isso Agar andava em um deserto de profunda dor, pois ela foi usada como 'consolo' para a dor de Sara que ao 'sarar' faz um desentendimento entre os garotos virar o estopim daquela situação.

A primeira vez que Agar esteve no deserto, Deus a assistiu em sua dor e o Senhor chamou aquele lugar de Laai-Roi (aquele que vive e vê). A graça de Deus já vinha ensinando a Agar que não importava se Abraão via ou não as injustiças do ciúmes de Sara , ou se alguém não a enxergava diante do seu sofrimento.
"Aquele que vive e vê" te enxerga diante das injustiças que você vive, diante das provocações de alguém que te usou e magoou. Hoje diante dessa situação você pode se sentir sem direção e 'errante' na vida mas enxergue o poço do amor de Deus diante de você!!!

Hoje na Caverna, quero falar com você sobre desertos, lágrimas nos olhos e poços diante de nós.

Às 20:00 na Caverna.

Abaixo um poema de uma amiga, leiam com o coração.


Nele,
Ricardo






Canto de Agar

Se erga, enxuga o pranto
esquece a dor do passado
pois não voltará jamais

Agar levanta o seu fruto nas mãos
e o aquece
pois se renovarão as forças
do que perece

O Deus de Abrão veio te amparar
Não temas Agar!
Tudo que te cercou e atingiu
Deus a tudo viu
e tua semente vai fecundar!

Agar por força da situação te envolveste
geraste em teu interior uma semente
de dor, confusão e desamor

Agar colheste com isto só choro e lamento
perdeste a paz e viveste o tormento
Foste humilhada deixada para tráz

Agar deixada tu foste a sós no deserto
todo teu futuro ficara incerto
a tua semente iria morrer

Agar tuas lágrimas cobriam teus dias de choro
ninguém compreendia a dor do abandono
seu pão e seu água iam terminar

Agar te submeteste a humilhação
tua semente escrava não encontrou projeção
Mas Deus te viu
Não temas ele te ouviu.

Erga-se Agar
Levanta o seu fruto pois se multiplicarão

Agar Deus viu tuas lágrimas e ouviu tua prece
pois da alma cansada e aflita não se esquece

Veja Agar a água que saciará a tua sede
Crescerás mesmo no deserto
pois Deus fez vingar tua semente

Raquel Camargo Fragoso

ÁGUAS PROFUNDAS


"Depois disto me fez voltar à porta da casa, e eis que saíam águas por debaixo do umbral da casa para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e as águas desciam de debaixo, desde o lado direito da casa, ao sul do altar. E ele me fez sair pelo caminho da porta do norte, e me fez dar uma volta pelo caminho de fora, até à porta exterior, pelo caminho que dá para o oriente e eis que corriam as águas do lado direito.
E saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos artelhos.E mediu mais mil côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e outra vez mediu mil, e me fez passar pelas águas que me davam pelos lombos. E mediu mais mil, e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar. E disse-me: Viste isto, filho do homem?"
Ezequiel 47



Ezequiel era filho do sacerdote Buzi, e era membro de uma família sacerdotal, sendo treinado desde sua infância para o sacerdócio. O contexto histórico conta que o sacerdócio era apenas um título a ser ocupado e atrativo para muitos por seus 'benefícios' e sossego que proporcionava. O sacerdote era a pura representação da espiritualidade descompromissada e cínica que todos viviam naquela época totalmente apoiada em ritos e cerimonialidades, porém vazias e sem qualquer essência.

E por quê ser profeta?


Por quê ser diferente?

Por quê desagradar?

Por quê fazer diferente do que a maioria faz?

A maioria das vezes que Deus fala com Ezequiel ele sempre está na beira do rio Quebar, mostrando que ele, Ezequiel, estava à margem de tudo na vida.
Nada do que falava e fazia o comprometia a tal ponto que o tirasse daquele lugarzinho das não-decisões. Viver na beira se tornou comum para muita gente hoje em dia, principalmente os cristãos que conheço que dificilmente assumem o Evangelho como vida.

É nessa beirada do desafeto que caminham tantos cristãos e pedem pra Deus cuidar dos pobres, mas são incapazes de tirarem alimentos de suas dispensas e roupas de seus armários para acolher a quem precisa.

"Estou em oração" - diz alguém. Na realidade é a forma santa de se chamar a covardia em decidir por algo que só cabe a mim fazê-lo. Gente 'orando' para amar, 'orando' pra ficar, 'orando' pra sair e 'orando' pra perdoar. Até quando viveremos nesse auto-engano?

Elegendo culpados por nosso próprio marasmo espiritual, é assim passamos o tempo na beira... tudo fica muito rápido e aparentemente simples na beira.

O anjo chama Ezequiel para não só profetizar, mas para ele ser a mensagem! Ora, antes de se pregar é necessário ser pregado pela mensagem. É assumir a mensagem em tal proporção que abrir a boca para falar é o último dos recursos.

Ser razo-ável nessas águas não é suficiente... É preciso entrar além de artelhos, além de joelhos, além dos lombos, é preciso mergulhar o coração. Ele é meu respirar!

Hoje, somos convidados a deixar essa beirada de medos e confortos que temos em nossas vidas para caminhar para essas águas da Graça de Deus.


Pense nisso!


Nele, em Quem se encontra no Caminho e não na beira dele.
Ricardo

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

HÁ ESPERANÇA PARA VOCÊ!!!



"Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco,ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova."
Jó 14:7-9

Não tinha outra forma de Jó expressar seu estado de infelicidade e crise.

A imagem que melhor representava seu estado era uma árvore morta...

Os últimos acontecimentos haviam sido trágicos para Jó. As perdas em sua vida causara nele uma falência de expectativas e dentro dele a esperança morria. Ele se percebia como uma árvore morta e seca da raiz aos galhos.

Uma frase do Papa Pio XII reflete o que quero muito falar com você hoje: "Não me assusta ver a maldade continuando, mas sim, os bons desistindo."

Sou tomado dessa preocupação hoje... me assusta ver pessoas como você desistindo da vida.
Falar de uma árvore cortada e ferida, refletia com precisão como Jó se via. Vendo em si seus sonhos podados pela triste existência e impossibilitado de frutificar algo na vida.
Hoje machuca você, olhar para tua vida nesses últimos tempos e ver que tudo que você faz não dá certo e a semelhança de Jó hoje você se vê esterilizado pela vida.

Jó fala de uma raiz envelhecida na terra. Lembrando que o problema não é a terra, mas a raiz da árvore. Entenda hoje, que o problema não é teu trabalho ou teu casamento. Nem a igreja que você frequenta, nem a faculdade que você estuda. Não são lugares que fazem pessoas, mas pessoas que fazem lugares.
Muitas pessoas assumem esse auto-engano e nunca se confrontam e cortam o mal pela raiz.
Diversas pessoas que me escrevem tem se percebido insatisfeitas com sua vida espiritual, estão secas e cínicas se enganando todos os dias desenraizados de Deus e do amor. Passam a vida no culto, mas raramente o culto está na vida. O indivíduo nesse estado de mortificação do ser, vira indiferente a tudo... nada lhe comove, nada lhe motiva, nada lhe faz dizer "não".

Diante desse quadro aparentemente e irreversível, Jó dizia: "Há esperança...". Esperar com confiança, era o processo de cura para aquela árvore morta. E Jó aponta para algo no mínimo curioso: a árvore renovaria em si mesma. Atrás do tronco envelhecido e seco, algo novo estava sendo gerado.

Ao cheiro das águas... era o ponto de partida da mudança daquela árvore.

Portanto pegue tudo hoje que você chama de dor, sofrimento, humilhação, depressão, complexo de inferioridade, mágoas e tristezas que se tornaram cascas em você e deixe Deus renovar sua vida. Um novo ano começa, e eu espero que um novo ser em tua vida re-comece! Beba da Àgua da Vida...
Deus te exaltará na terra do teu sofrimento! Pense nisso...



Te espero quarta-feira (dia 6) na Caverna.


Me escreva se desejar,


Um beijo,


Nele, em Quem sou renovado sempre.
Ricardo

GRAVADOS EM SUAS MÃOS


"Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei;" (Isaías 49:15-16)


Diante da grave situação que Israel vivia em cativeiro, perdia-se neles toda a esperança e vontade de viver. Um sentimento de impossibilidades já estava instalado no coração daquela nação toda e o que sobrara era o amargo sabor do sentimento de que as coisas não voltariam a ser como antes.


Para curar a orfandade de Israel Ele fala sobre se sentir esquecido e dá como exemplo o mais escandaloso ato: uma mãe que abandona um filho. Com isso Deus apenas usava da dor de uma tragédia para dizer que Nele todos somos adotados pelo Seu amor.




E ainda diz que Suas mãos são as testemunhas desse amor que não nos deixa nem nos fatos mais injustos e tristes da nossa vida. Suas mãos que eram mãos de um carpinteiro, que um dia seguraram pregos e madeira. Eram mãos que partiram o pão e alimentaram multidões e que, agora, estavam sendo partidas para alimentar multidões. Certa vez, aquelas mãos colocaram lama nos olhos de um cego, tocaram em leprosos, curaram doentes, lavaram os pés dos discípulos e abraçaram crianças. Eram mãos que, mais de uma vez, libertaram das mãos frias da morte, tocando em caixões e dizendo: "Levanta-te!".
Essas mãos que levantaram Pedro quando ele afundou no mar da sua "pequenez de fé".

Estes eram os dedos que escreveram na areia quando a mulher adúltera foi atirada aos seus pés e que, pelo amor ao Pai, seguraram firmes num chicote para purificar seu templo dos cambistas. Eram os mesmos dedos que pegaram o pão e o mergulharam em um prato, e o deram a Judas, num gesto de profundo amor e amizade. Aqui estava o próprio Pão da Vida, sendo afundado na taça do sofrimento. Como gesto final do amor de Deus, para com o mundo maldoso, representado por Judas. Foi nas mãos que Ele entregou Seu espírito.
Essas mãos fazem e refazem os vasos porque Ele é oleiro. Elas não estão encolhidas para que não possam nos abençoar.



Foi justamente nessas mãos que Deus quis 'tatuar' você...


Hoje na Caverna às 20:00...


Nele, que em nós tatuou com a marca eterna da salvação, fazendo isso em Suas próprias mãos, com cravos, na Cruz,


A IGREJA DO LADRÃO


É quase meio dia... tudo está pronto para aquela reunião.
Uma leitura de um Salmo dá início: "Deus meu, Deus meu... por que me abandonaste?".
Alguém pensou: "Que salmo mais triste para iniciar um culto!" ou " Poxa vida... podia ler um salmo 'mais avivado!" .
Naquela igreja não era assim [...] avivamento sem Cruz, é só aeróbica espiritual aprendida. Não há avivamento que não passe pela Cruz.
"E o louvor, não vai começar?" - pergunta o mais litúrgico.
Não! o louvor já começa na vida, ali só seria continuidade do que fora já é louvado. 

A multidão que ali estava queriam sinais, prodígios, milagres... ignorando a Cruz como evidência maior do Sinal do Amor de Deus. Por isso, quase sempre nos esquecemos que Ele não mudou o mundo com milagres mas com Sua cruz erguida desde a eternidade.
De repente alguém resolve falar. Ele ouvia os burburinhos dos presentes ali, Esse "alguém" tinha pecado e estava profundamente consciente que o seu erro o condenara à morte. Ele está arrependido... e em um suspiro pede a Deus que se lembrasse dele na sua miséria. Nessa "igreja" arrependimento é


Um ladrão...

"Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
"
Todos que ouvem aquilo não acreditam... como poderia? Não teve jejum, campanhas, batismo ou escola bíblica!!! O céu de fato é um susto de amor.
Porém, o absurdo é que mesmo salvo da condenação eterna o santo ladrão morrera condenadamente salvo.

A palavra da Cruz mexe nas espinhas dorsais da religião... mostra que não há barganhas a se fazer com Deus. Por isso é loucura para quem perece! Nela não há necessidade de complementos.

Ela é suficiente! E nela me glorio.

Um brado é ouvido:

"Está consumado!" (Tetelestai, no grego). Assim escreviam os algozes romanos na placa em frente a cela do condenado em que continha os delitos do criminoso quando ele cumpria a sua pena. "Está pago!" é nessa consciência que anda essa igreja, não deixando a sua cruz e se vendo salvo para sempre.

O endereço é no Calvário sem número. Encontro vocês lá todos os dias em que se crucificarem com Cristo...

Não há pentecoste de glória sem Calvário de dor.

Você vem?

Abraços fraternos,


Nele, Cordeiro de Deus imolado antes da fundação do mundo.
Ricardo (escrito a caminho do Jabaquara)

COMO ASSIM: "DEUS NÃO EXISTE?"

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjly5pLMh75a1ux-dNXytFMrJ_5HuJWdErINXssGWbDvw44A8lp2y2Cj_ZJmLcBEDjZuUMsNNi5WIIR6hYynuQeoUWV10nCjFe1alonFjNOKok2XoswoH3k1TUz7enhlGh50-pP6gQRPb4/s1600/cosmos.jpg
Eram 2:30 da manhã...
Estávamos conversando sobre vários assuntos. O primeiro dia do AVIVAI tinha sido intenso em muitos aspectos. Alguém me pergunta algo sobre a existência de Deus, quando disparei:
- Deus não existe! - Manuela ficou congelada, e a decisão dela subir para dormir se adiou:
- Ricardo... você tá maluco? Como assim?
Jorge me olhou e sorriu; silenciamos e como cúmplices vimos como Manu ficou diante do que falamos.
- Deus É! - Respondi. Davi nem respirava... rs rs rs.
Ora...
Deus não existe. Ele é Ele mesmo pra além de toda essência e existência. Portanto, argüir acerca da existência de Deus é o mesmo que negá-Lo.

Deus não existe. Ele é. Eu existo. Pois existir não é algo que seja pertinente ao que É. Existir é o que se deriva do que sendo, É de si e por si mesmo.
Deus não existe. O que existe tem começo. Deus nunca começou. Deus nunca surgiu. Nunca houve algo dentro do que Deus tenha aparecido.
Deus não existe. Se Deus existisse, Ele não seria Deus, mas apenas um ser na existência.
Se Deus existisse, Ele teria que ter aparecido dentro de algo, de alguma coisa, e, portanto, essa coisa dentro da qual Deus teria surgido, seria a Coisa-Deus de deus.
Existem apenas as coisas que antes não existiam. Existir surge da não existência. Deus, porém, nunca existiu, pois Ele é.
Sim, dizer que Deus existe no sentido de que Ele é alguém a ser afirmado como existente, é a própria negação de Deus. Pois, se alguém diz que Deus existe, por tal afirmação, afirma Deus, e, por tal razão, o nega; posto que Deus não tem que ser afirmado, mas apenas crido.
Deus É, e, portanto, não existe. Existe o Cosmos. Existem as galáxias. Existem todos os entes energéticos. Existem anjos. Existem animais e toda sorte de vida e anima vivente. Existem vegetais, peixes, e organismos de toda sorte. Existem as partículas atômicas e as subatômicas. Existe o homem. Etc. Mas Deus não existe. Posto que se Deus existisse dentro da Existência, Ele seria parte dela, e não o Seu Criador.
Um Criador que existisse em Algo, seria apenas um engenheiro Universal e um mestre de obras cósmico. Nada, além disso. Com muito poder. Porém, nada além de um Zeus.
Assim, o exercício teológico, seja ele qual for, quando tenta estudar Deus e explicar Deus, tratando-o como existente, o nega;
A Escritura não oferece argumentos acerca da existência de Deus. Jesus tampouco tentou qualquer coisa do gênero. Tanto Jesus quanto a Escritura apenas afirmam a fé em Deus, e tal afirmação é do homem e para o homem — não para Deus —; pois se fosse para Deus, o homem seria o Deus de Deus, posto a existência de Deus dependeria da afirmação e do reconhecimento humano. Tal Deus nem é e nem existe; exceto na mente de seus criadores. 
Defender a existência de Deus é ridículo. Sim, tal defesa apenas põe Deus entre os objetos de estudo. Por isto, dizer: “Deus existe e eu provo” — é não só estupidez e burrice; mas é, sem que se o queira, parte da profissão de fé que nega Deus; pois se tal Deus existe, e alguém prova isto, aquele que apresenta a prova, faz a si mesmo alguém de quem Deus depende pra existir... e ou ser.
O que “existe”, pertence à categoria das que coisas que são porque estão. Deus, porém, não está; posto que Ele É.
Ser e estar não são a mesma coisa, como o são na língua inglesa. O que existe pertence ao que é apenas porque está. Deus, entretanto, não está porque Ele É.
“E quem direi que me enviou?” — perguntou Moisés. “Dize-lhes: Eu sou me enviou a vós outros!” — disse Ele.
Desse modo, Deus não diz “Eu Estou”, mas sim “Eu Sou”. Ora, um Deus que está, não é, mas passou a ser. Porém o Deus que É, mas não está; não pertence ao mundo das coisas verificáveis; posto que Aquele que É, não está; pois se estivesse, seria —, mas não Seria Aquele de Quem procedem todas as existências, sendo Ele apenas um ele, e não Ele; e, por tal razão, fazendo parte das coisas que existem — mas sem poder dizer Eu Sou!
A morte pertence à existência. A vida, porém, se vincula ao que não existe, pois, de fato É.
O que existe carrega vida, mas não é vida. A vida, paradoxalmente, não pertence ao que é existente, mas sim ao que É.

Nele, que nunca existiu, pois É,
Ricardo

OBS: Dedico esse texto a Manuela minha amiga, ovelha e irmã amada.

MEL COM GOSTO DE FEL

http://deusbibliaepoesia.files.wordpress.com/2009/09/mel.jpg


"... tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras”. 
Mateus 26:30
 


A palavra gospel tem origem no inglês ("god spell" traduzido como: "palavra de Deus") e nos nossos dias tem a intenção de se referir ao mundo chamado gospel. O grande problema é que nesse mundo chamado gospel tem muito pouco (ou quase nada!) god spell.

O texto de Mateus acima se refere
a um dos últimos momentos de Jesus homem e o Mestre estava ciente de que estava prestes a ser traído, preso, humilhado, esbofeteado, chicoteado, torturado e, por fim, crucificado e morto
(nessa exata ordem) diz que Jesus e seus discípulos, antes disso, louvaram a Deus.
Meu coração sempre tenta imaginar que hino seria esse... seria um salmo? seria um cântico culturalmente judaico? A verdade é que por mais curioso que qualquer um possa ficar diante desse fato, precisamos entender que Jesus não é nenhum esquisofrênico, nem evangélico para cantar coisas que Ele não viveu. Diante disso morrem-se todas as curiosidades!

Imagine a cena:

Domingo da ressureição... As mulheres (Maria, Salomé e outras) na madrugada vão ungir o corpo do Senhor a pedra que lacrava o sepulcro havia sido removida, anjos noticiam a ressurreição do Mestre. Não é segredo, tanto que escrito está, que seus discípulos fugiram, temeram, negaram-No, abandonaram Jesus de modo que João é a testemunha ocular da crucificação.
Quando Jesus aparece aos onze há um constrangimento geral e Ele canta acompanhado por anjos:
"Quem te viu passar na prova e não te ajudou, Quando ver você na benção vão (sic) se arrepender, Vai estar entre a platéia e você no palco...
"
Pedro abaixa a cabeça... e com os outros se envergonha mais quando Tomé pede para ver as mãos e o lado quando ele ouve:
"Tem sabor de mel... tem sabor de mel... a minha vitória hoje tem sabor de mel!"
Não... minha crítica não é a cantora, nem a quem canta essa música em oportunidades nos cultos ou congressos. Minha crítica é a consciência que cada dia vira verdade no meio denominado evangélico.
O inimigo é o irmão, ou muitas vezes o não-cristão... a diabolice dessa consciência é fazer com que "a luta SEJA contra carne e o sangue". A vingança travestida de "exaltação de Deus" é mais maligna que qualquer funk ou ritmos que chamamos ironicamente chamamos mundanos. A "platéia" é o lugar que ficam todos aqueles que não fizeram nada por mim... agora ficam a ver eu me dar bem enquanto 'babam' dizendo: "Porque não o ajudei? Poderia estar com ele agora..."
"Palco" é o que a consciência evangélica chama 'vitória'. Palco é esse lugarzinho de me vangloriar e dizer que hoje estou com a boca adocicada pelas conquistas que ninguém acreditava.

O que há de god spell nisso? Há muito men spell...

Essa música só celebra a des-graça (falta de graça) dessa consciência e de quem vive nela. No livro de Ezequiel Deus diz "minha é a vingança! Diz o Senhor!", no livro de Salmos no capítulo 23 vemos qual é Vingança de Deus "Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
" A vingança de Deus é adocicada pelo Seu amor, porque "a justiça de Deus não opera na ira dos homens", Deus não é justiceiro particular de ninguém para defraudar alguém em nome do que é "mel" para mim.

Fica cada vez mais claro, que não é porque carrega os nomes de "Deus" ou "Jesus" que é genuinamente Dele. Louvor é vida... portanto nem período de louvor pode se haver. Jesus ensina que orar pelo inimigo (os que nos perseguem), amar até o traidor (como Judas)como Ele amou, e amar até o fim é coisa mais doce que o mel, é Graça!

Esse é o louvorzão da vida...


Ainda me perguntam porque ouço Alfa Fm...


Nele, que não é quem dizem que Ele é.
 
Ricardo

"QUE VIRÁ A SER,POIS, ESSE MENINO?"

http://mail.mailig.ig.com.br/mail/?ui=2&ik=def9b96908&view=att&th=12ffe1b8741873d9&attid=0.1&disp=inline&zw



"Que virá a ser, pois, este menino?"
Lucas 1:66
Essa era a pergunta dos moradores de En-Karen quando João Batista  nasceu. Lembrei quando olhava para o meu João Batista enquanto cortavam seu cordão umbilical, que me fiz a mesma pergunta com meus olhos cheios de lágrimas.

Zacarias louvava a Deus pelo menino que seria um homem. Sabia que ele tinha uma missão. Sabia que ele era uma voz do deserto, duma terra onde quase ninguém caminhava. Zacarias sabia que naquele menino havia promessa de Sol e de Visitação.

Hoje eu sei que mensagem veio trazer meu 'profetinha'...
Pai, leva tua paixão maior até o fim. Morre por ela. Vive para ela.

Me consolando no seu olhar e sorriso para tudo. Dormindo do meu lado, velando meu sono e me acordando para tomar café... rs.

Pensar no meu filho renova minha paixão e meu chamado...

Pensar nele me faz esquecer de qualquer angústia e pensar só na bondade do Senhor para comigo e minha amada.

Por esta razão, uno-me a Zacarias, e digo com gratidão:

Tu, menino, és chamado profeta de tua casa, porque precedeste grande Graça, preparando caminhos de vida, para que muitos tenham conhecimento da salvação e do entendimento da redenção dos seus pecados, graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitou o Sol nascente das alturas, e que nos iluminou nas regiões da sombra da morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.



Nele, que como Zacarias me deixa "sem palavras" por causa do menino
Ricardo

DISSE DEUS: HAJA CRUZ! E HOUVE CRUZ...



“O qual, na verdade, em outro tempo foi imolado ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;”
(I Pedro 1 : 20)


A cruz era um assunto de Deus com Deus... Este, segundo Paulo, era o mistério outrora oculto e agora revelado. Nem anjos, nem potestades, nem principados no mundo espiritual existiam e já havia Cruz erguida... Era Deus com Deus. Antes de Adão, antes dos animais: répteis, mamíferos. Antes dos céus e seus firmamentos, antes da separação das águas. Antes da criação, já havia redenção. Antes do pecado já havia perdão! Ou seja, o diabo não existia e já havia Cruz.

Somente Deus viu Deus morrer pela Criação que ainda não existia. Portanto antes do "HAJA LUZ!", disse Deus: HAJA CRUZ! E houve Cruz. Diz o escritor aos Hebreus o que podemos ver é sombra do que já estava posto. Diante dessa esmagadora realidade todos estamos nús diante do Cordeiro de Deus que tira (do grego tira, tirou e tirará) o pecado do mundo, e me visto hoje do sangue Dele. Diante dessa consciência de Graça e Perdão deixemos a crucificação, e nos apeguemos a Cruz.

O que mais escrever?

Na Cruz, que não é Logomarca mas a marca do Logus.

Ricardo

A DOR NA GRAÇA E A GRAÇA NA DOR



Jabez já chega ao mundo em dor...

O nascimento de Jabez trouxe tanta dor a sua mãe que ao vê-lo nascer ela lhe dá o nome "dor" para que retratasse o que ela e Jabes sentiram intensamente naquele nascimento. Talvez as contrações foram tão insuportáveis a sua mãe ou ainda uma complicação mais séria houve no parto... o fato é que a dor foi insuportável. O nome "dor" fazia Jabes carregar em si das dores que quase mataram sua mãe. Ele nasce sofrendo e fazendo sofrer.
Jabez foi marcado pela dor, e seu nome se tornara um memorial do que ele já nasceu sentindo e fazendo sentir: dor. Viver em dores, e como consequência dela ser esse ser que causa dor a outros que nos carregam em amor é um verdadeiro tormento e pior que isso: sentir que sua existência é um "parto" para os outros sentindo que todos te suportam apenas porque não tem alternativa. Quem sabe para os outros filhos que teve a mãe de Jabez não tinha lembranças de dor, e isso o faz ser o persona non grata de sua casa.

A verdade é que você se tornou esse ser marcado em dor. E essa 'marca' de dor que a vida imprimiu em você, te fizeram esse ser paralisado que se sente um estorvo na tua família. A oração de Jabez (I Crônicas 4:9-10) revelam o desejo de Jabez em abandonar essa dor. E também mostra o quão ansioso ele está em viver em paz consigo e com seu passado doloroso...

Ele pede a Deus que alargue suas fronteiras, não queria que para conquistar algo fosse um constante "parto"... Haviam barreiras, limites nele por isso ele pede Graça na sua dor, para que a dor mesmo presente fosse cheia da Graça... Viveria próximo ao mal, sem que ele o molestasse. Jabez agora iria parir a benção de conquistar sem aflições, pois o Deus que o sonhou o ouvira em sua sincera oração.

Meu convite a você é esse: abra o seu coração ao Eterno!!!
Deixe a Graça e o Amor de Deus te engravidarem de consolo e paz...

Um grande abraço, e deixo esse e-mail aberto para que você em dor converse comigo... quero ser testemunha do que a Graça maravilhosa de Deus fará em você. Aguardo você Jabez!

Nele, que carregou sobre Si nossas dores.
Ricardo

CAVERNA DE ADULÃO

 






Davi está no seu limite...

De herói nacional e aclamado pela nação de Israel tendo seus feitos tornado música pelas mulheres de Israel, agora anda em desertos e trafega em terras inimigas babando e arranhando portas.

Tão desfigurado está seu semblante, antes conhecido por um país e seus inimigos, que nem o rei de Gate (cidade do gigante Golias) o reconhece...

E foi para Adulão, um lugar rochoso e estratégico, nessa Caverna que Davi se abriga. Adulão foi onde Davi se isolou de todos... Adulão foi para Davi esse lugar de tratamento, onde ele solitariamente aprendeu que nunca estamos sós. Talvez tenha sido em Adulão que Davi pôde sentir o cheiro de um óleo que foi derramado na sua cabeça quando adolescente.

Sua família desce até lá buscando por Davi, eles que curiosamente sempre se esqueciam dele agora estão lá presentes no lugar que ensina o desejo de Deus em curar nossos laços familiares.

Adulão trouxe a Davi uma lapidação única em sua vida...

Adulão foi para Davi a última alternativa de se abrigar longe de suas calamidades...
Mais pessoas chegam: angustiados, endividados, descontentes... todos os refugos do reinado de Saul partiriam para lá.

Nas mãos de Davi só uma harpa e ali ele compõe os Salmos 57 e 141 que também ensina que essa Caverna nos arranca louvores.

Hoje, meu convite é a você endividado de inúmeras maneiras e modos. A você angustiado que não consegue discernir porque tua alma anda tão triste e sem direção. Meu convite vai a você, descontente com a vida e sem aparentes motivos para continuá-la. Te convido a vir para esse lugar de renovação nas consciências e corações...

Te esperamos ansiosos,


Nele, em Quem nos refugiamos e somos fortalecidos.
Família Caverna de Adulão

O BARCO DE PEDRO




A noite tinha sido frustrante para Pedro e sua empresa pesqueira... As noites eram preferidas pelos pescadores por várias facilidades para pesca, porém aquela noite, mesmo com esses recursos foi para se esquecer.
  O barco de Pedro havia se tornado esse sinônimo de angústias, frustrações, decepções...O barco de Pedro significava a falência, a desistência. Por isso o texto em Lucas mostra inicialmente um Pedro que lavava as redes da sua pesca, da sua frustração, da sua impotência admitindo que a pescaria havia acabado.
Jesus chega ao lago de Genesaré e o que Ele vê é um pescador que lavava as redes amargando a pior pescaria da sua vida, então o barco que Ele escolhe para falar as multidões é o barco de Pedro! Não... você não entendeu errado: Foi o barco do falido que Ele escolheu, foi o barco das desilusões, o barco das incapacidades. Foi o barco vazio de peixes... Jesus não escolheu o barco mais bem-sucedido daquela noite, nem um pescador mais insitente ou animado. Jesus escolheu o barco de Pedro.

Ele prega usando o barco de Pedro, como púlpito e se aproveita da acústica do lago de Genesaré para amplificar Sua voz. Fala de esperança,
falou sobre Deus. Seu poder e domínio. Ele usou a linda paisagem do lago de Genesaré (ou mar da Galileia), para ilustrar a mensagem.
Dito isso, Ele olha para Simão Pedro e como se nada houvesse acontecido Ele diz: "Tire o barco da areia, volte para a pesca".  Pedro ainda tenta explicar que a noite havia sido um fiasco. Ora se de noite a pescaria foi desastrosa quanto mais a luz do dia... essa lógica operava em Pedro mas diante Daquele olhar Pedro percebeu que o barco já não era mais dele. Por isso diante daquele pedido do Mestre ele vai pescar, porém dessa vez ele voltava com uma Palavra sobre ele... Essa consciência o faria andar sobre mares ainda.

A rede que era lavada e estava prestes a ser guardada, agora faria a maior pescaria de todas! O barco vazio agora era cheio do milagre e da constatação esmagadora da Palavra do Mestre. O barco das tristezas, impotências, falências agora precisava de outro barco porque estava cheio do amor e misericórdia de Deus. O barco de Pedro volta para areia... o pescador olha para si se prostra, agora a rede a ser lavada é a da alma! Metanóia se apodera dele... Ele chora, sente que foi Encontrado e aquele irresistível amor o conquistara.

Hoje pode ser o seu barco... desiludido, quebrado, falido, frustrado. Seu barco de angústias, medo de tentar de novo. Deus em Cristo escolhe teu barco para um propósito de amor e misericórdia. Não guarde sua rede, nada está perdido porque hoje você foi achado!

Um abraço,

Nele, que nos encontrou e amou primeiro

Ricardo

LÁGRIMAS SÃO FRASES

 
Ana chora...
 
Ana era estéril...
Ana era impossibilitada de conceber, e carregar em si vida. Ana sofria com a dura realidade de olhar para sua vida e ver que nada nascia, nem sonhos, nem projetos. Ana se sentia seca por dentro como uma terra morta incapaz de frutificar e tudo quanto era semente de esperança nela plantada, não ganhava força e nem raízes.
 
Ana chora...
 
Havia nela a não-possibilidade de realizar um sonho: ser mãe.
Esterilizada pela vida, a dor crescia diante de não se sentir mulher para seu marido Elcana. As leis matrimoniais da época só aumentavam a dor de Ana porque se alguém se casasse com uma mulher estéril, esse marido teria direito de casar com uma segunda mulher. Penina, foi essa a mulher que conseguiu o que Ana até então sofria para conseguir: ter filhos.
 
Ana chora...
 
E a dor aumenta, porque ela se via infrutífera. Incapaz de gerar algo para ser única para seu marido. Ana vive a dor de quem quer concretizar um sonho, mas percebe que a inviabilidade emana de si.
 
Ana chora...
 
O drama de quem não consegue diante das provações mudar cursos que a vida determina. As palavras de Penina doíam muito nela, deboches e ironias. Até o sacerdote do templo olhou para Ana e não a compreendeu. A dor de Ana, expressa em lágrimas, não era compreendida.
 
Ana chora...
 
Choro para Deus é coisa séria. Uma lágrima para Deus é uma oração. Que só o Seu olhar de amor pode entender... Regava dentro de si esperança que em breve iria florecer.
 
Um dia, Deus diz a Ana que o tempo de engravidar era chegado. Gestando dentro de si um sonho, um desejo, nos mostrando que um tempo novo está dito e determinado por Deus. Um milagre enxuga nossas lágrimas e nos diz que nenhuma delas foram em vão.
 
Quero dizer a você, que se vê impossibilitado de criar, de conceber coisas que são vida e fruto de amor em você. Você que sente que não consegue frutificar nada em teu casamento, família e desejos pessoais. Você que chora e faz do teu travesseiro testemunha de dor... Deus vê suas lágrimas durante teu dia.
Saiba, que hoje abrindo seu coração Deus te fará terra fértil dos sonhos Dele para tua vida. Não deixe a esperança morrer em semente no teu coração. Saiba que Deus te "ouviu" chorando, e hoje seja fertilizado por essa mensagem.
Não encontraria melhor expressão, embora estranha, do que essa: "Seja engravidado pelas bençãos de Deus em tua vida..."
 
Que mais escrever? Senão deixar que o restante seja escrito em teu coração...
 
 
Um grande abraço,
 
Nele, que colhe nossas lágrimas em Seus odres. (Salmo 56:8)
Ricardo

A ESSÊNCIA DE TODOS NÓS





Betânia era o nome da cidade...
Famosa por suas essências como importante fator econômico que a fazia conhecida, Betânia atraía o olfato de todos para os cheiros que dela provia. Em meio a tantos aromas encontramos uma família exala angústias e preocupações: Lázaro estava doente!
O amigo de Jesus, agonizava em um processo de enfermidade que só piorava e suas irmãs Marta e Maria enviam um mensageiro a Jesus sob um recado que mexesse com Ele: "Lázaro a quem amas, está enfermo!"

As horas passam...

Há um silêncio que perturbava aquelas irmãs...

A espera vencia a esperança...

O silêncio de Deus para com a urgência da vida delas as fazem sepultar o irmão, e também junto com ele o perfume da paz e alegria... Lázaro morrera, mas junto com ele muitas coisas dentro de suas irmãs.

No caminho de Betânia Ele vem... o Seu bom perfume faz de Betânia apenas aroma passageiro, e antes que de fato chegasse a aldeia a olfativa Marta o percebe e corre de encontro a Ele e borrifa em Jesus todo o cheiro triste do seu coração: "Se Tú estivesses aqui, ele não teria morrido!".
Esse aroma chamado Marta, é esse cheiro frustado em nós... que fica machucado com o silêncio de Deus. Esse cheiro tem como base a essência das perdas, e tem um poder de se fixar em nós por dias, semanas e anos.
Marta é essa fragrância de alguém que se sente não ouvido, incompreendido e perdendo em si mesmo todo cheiro.
Marta cheira a dor... Marta exala nossos dias quando temos a sensação que Deus não nos vê, e parece lento em relação a nossas urgências.
Marta que antes cheirava zelo e trabalho, tendo prazer em serví-Lo agora perdida estava em sua essência.

O olhar Dele fixo naquele frasco de dores vem embutido de uma palavra: "Teu irmão há de ressucitar!".

A fragrância da impossibilidade vem como suave cheiro na casa de Maria que sai desesperadamente ao encontro de Jesus e ao ver se arremessa nos Pés Dele... Aquele lugar ainda seria o lugar onde o frasco de um perfume caro seria derramado, porém naquele momento ela derramava a essência mais preciosa nela: o seu coração. Porém naquele esconderijo de temor e essência, ela se refugiava nas dores e alegrias da sua vida.

Maria é essa essência forte, de saber que mesmo coisas mortas em nossas vidas ainda sim podemos vê-las sendo ressucitadas em nós. Maria cheira esperança em meio a dor, exala milagres íntimos que nos marcam para sempre. Maria, esperança em frasco de angústia...

Ele diz:"Se creres verás a Glória de Deus!".
Em meio a aromas tão diferentes Ele vai ao sepulcro de Lázaro, e lá já é avisado pela olfativa Marta que já era o quarto dia depois do enterro portanto remover a pedra daquele sepulcro traria um cheiro insuportável. Marta tem medo abrir o sepulcro. Marta não quer que Deus respire o que lá estava morto e podre, porém com Deus ou abrimos e deixamos cheirar o que há em nós de mais podre ou nunca seremos ressucitados pelo amor de Deus que não tem asco de nenhum aroma da vida.

A pedra do sepulcro foi a única coisa que separava Lázaro de Jesus...

Tire a pedra do seu coração hoje!

Tire as pedras de lamentos e dores hoje!

Tire de você esse coitadismo que te em-pedrou! Essa intolerância, dureza que te fez essa pessoa pedrada na consciência. Hoje você está impedindo coisas novas de renascerem em tua vida...

"Lázaro, vem fora!" - grita Ele.

Lázaro, o intragável agora vira motivo de suspiros... Ele ressucitou!

Betânia agora respira milagre.

Betânia não sabia o que era cheiro.

Betânia fora borrifada pela Graça de Deus.

Betânia de fato sabia o que era o Bom Perfume que nos marca e nos traz a memória o que sempre nos dá esperança.

Essa é a essência da vida: contraste de aromas folhas, folhas amassadas até que vertam óleo, e um frasco frágil que vira aroma as narinas Daquele que nos fez.

Um abraço, se desejar conselho e oração me escreva.

Nele, que é meu respirar.
Ricardo

O QUE VÊS NA AMENDOEIRA?



"Ainda veio a mim a Palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês Jeremias? E eu disse: Vejo uma amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir" (Jeremias 1:11,12).

Pensava muito nesse texto no meu início de caminhada de fé...
Na cena da vocação e chamado de Jeremias, seu coração é fortalecido pela Graça de Deus que diz que as coisas não seriam fáceis. "Demolir" e "arrancar" eram palavras que o profeta ouvia enquanto olhava fixamente para uma árvore de amendoeira. O pano de fundo histórico que Jeremias vivia foi uns dos piores momentos da nação de Israel. No entanto, olhar para amendoeira tornou a forma mais singela de significados para Jeremias...

Olhar
a amendoeira é saber que é ela uma das poucas árvores que floresce em pleno inverno, "Vejo uma vara de amendoeira".  Olhar para outra árvore que não seja a amendoeira nos faz pensar que nesse Inverno existencial que vive a humanidade não é possível se ter esperança. Olhar para as famílias e casamentos nos dias de hoje, é se desesperançar porque diante desse inverno nada floresce. Olhar para igrejas e pastores diante desse Inverno espiritual é ser tomado de gelo na alma pois parece não se haver solução para a geleira de crises e escândalos. Olhar para mercado de trabalho que não vê condições e esforços simplesmente se fecha a um grupo seleto sem mais oportunidades. Essa árvore de esperança mostra que é possível em tempos frios, em meio a gelados ventos e quando ninguém floresce sabermos que a Graça de Deus nos diz que é possível florescer...
Hoje em meio a esse vento frio que sopra em sua vida, se aqueça na esperança da árvore que não cede a ventos gelados e ao que outras árvores não conseguem.

As amendoeiras também têem grande capacidade de regeneração não necessitando de podas
.
Olhar para amendoeira se aprende e se sabe que Deus nos cura de toda ferida aberta. Ter a certeza que se algo ou alguém nos feriu com palavras, traições, ingratidões, acusações o Amor de Deus revelado na amendoeira ensina que somos curados todos os dias.

A vara de amendoeira tem uma peculiaridade: a capacidade de gerar duas flores numa unica vara, uma rosa e outra branca, uma é doce e a outra amarga. Ora, a vida mostra isso sempre: seja alegres ou tristes, nossas histórias fazem de nós a mais bela flor desse jardim.

Porém mesmo diante das amargas flores saibamos:
a flor branca que é a amarga, quando mastigada vamos percebemos que no final ela tem um gosto de azeite!

Por isso te pergunta o Senhor:

"O que vês?"
Te espero hoje às 20:00 na Caverna!

Um beijo,



Nele, que diz que ao cheiro das águas brotará.
Ricardo

ESTOU AFUNDANDO!

image"E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, ergueu-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?"– Mateus 14.29-31

A verdade é que sair do barco é algo extremamente difícil para todos nós, afinal ali era o lugar onde eles tinham certo "abrigo" em meio aquela descomunal tempestade. Aquele era o lugar de conforto e fuga psicológica, onde de fato só lhes roubavam as percepções.

"Fantasma" foi assim o jeito que eles entenderam o que ali se dava para ver de Deus...

Esse lugar de conforto, nos assalta de ver as coisas mais sublimes de Deus para nossas vidas. Foi nesse lugar de conforto que eles ouviam Deus falar: "Tende bom ânimo, sou eu , não temais". Mas também não discerniam em meio a tempestade e ventos fortes a revelação de Deus. O distanciamento os fazia em ouvindo Deus não terem compreenssões claras sobre o que Deus lhes falara.

Ficar no barco os tirava a visão de Deus lhes vindo ao encontro... e pior: lhes faziam enxergar Deus como assombração!

Ficar no barco os furtava a audição de um Deus que lhes falava para não temer, e que em meio aquela tempestade Ele diz: Eu sou!

Definitivamente aquele barco de pesca vira muitos milagres, como quando Jesus conheceu a Pedro... Porém
para Pedro isso virou possibilidade de se andar para Deus. Sair do barco para Pedro era um desafio de se querer mais de Deus. Sair do barco é saber que bom é vê-lo cheio de peixes, porém melhor é vê-lo se esvaziando de mim! O barco seria um ponto inicial, não um ponto a se ficar para sempre. As águas viraram caminho para o pescador, que confiava que o "Vem" fazia aquele mar virar chão para se encontrar com Deus em Cristo.

Pedro ouve o "Vem" na tempestade...

Pedro ouve Deus chamá-lo para caminhar a Ele em cima daquilo que lhe fazia ficar dentro daquele barco. O lugar para onde Pedro corria fosse para seu sustento, a pescaria, ou fosse sob ordem de Jesus: "Volte para o barco e lançai a rede a direita!", agora era o lugar de onde ele corria.

"Vem" - diz Ele.

Pedro vai...

O vento acompanha...

Pedro vê aquela maravilhosa oportunidade naufragar...
Pedro afundava e muito pensava o quão era seguro estar no barco...
Pedro mergulha no fracasso do desvio do olhar...
Pedro chama Deus...

Aquele que diz "Vem", é o mesmo que nos estende a mão! Se Ele diz
"Vem" eu posso até duvidar no meio do caminho, mas Ele estará sempre no meu caminho.


Hoje quero falar um pouco de barcos confortáveis e mares perigosos.

Você pode ouvir:
"Vem"?

Às 20:00 hoje na Caverna... te espero!


Nele, em Quem já se está no Caminho.
Ricardo

ESTENDA TUA MÃO

"E outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada. E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem. E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio. E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar? E eles calaram-se. E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra."   Marcos 3:1-5
Um processo de lepra tinha se estabelecido sobre um homem, de modo que esse processo estanca no seu punho e faz com que sua mão fique sobre um estado de atrofiamento. As mãos carregam em si o importante papel de nos fazer pegar coisas, de carregar outras e de modo afetivo expressar carinho com um gentil afago.
Com uma mão sem sensibilidade, incapaz de segurar qualquer coisa por menor que fosse e inutilizável assim era a mão daquele homem que é conhecido por sua doente mão.

Faça uma reflexão agora e veja como sempre as coisas tem escapado de suas mãos. Perceba como sua falta de firmeza tem feito você perder coisas, oportunidades e bençãos. Discernindo isso, veja como você tem sido roubado e privado de ter coisas duradouras em sua vida... tudo sempre é passageiro. Você luta, se esforça mas tudo se escapa por seus dedos. Você perdeu sua sensibilidade [...]
Hoje é incapaz de expressar carinho, sua família é quem sabe disso!!! Como sofrem com teu jeito insensibilizado por essa enfermidade. Talvez por isso não consegue estender a mão para abençoar quem tem precisado de você. Atrofiado nas suas ações, tem se tornado uma pessoa passiva e sem forças para mudar.

A tua fé não se apropria das coisas... tua fé mirrou!!! Você lê esse e-mail e fica de certo modo atento às palavras porém não se apropria delas, não as agarra crendo que o que você lê é Palavra de Deus para tua vida! Vai a igreja como aquele homem, e vive nesse estado... Assim faz a religião as pessoas: os tornam seres em paralisia não transformados insensíveis a um novo momento com Deus. Achamos que ir a igreja apenas nos faz seres novos e curados... Passamos a vida no culto, mas não temos um segundo o culto na vida. O convite hoje é maior do que ser membro de um clube de regras e dogmas.


Jesus estava ali naquele dia, era um sábado.

- "Levanta-te!" - é assim que Deus o chama.

A disposição da sinagoga nos ensina o que Jesus pretendia com aquele pedido. O orador ficava no meio da platéia, com os bancos fazendo um quadrado sobre ele. Aquele homem é chamado a Deus para sair e abandonar seu lugar junto a outros e vir para o centro. Essa jornada do meu lugar, até o centro de onde Jesus me quer é vital.
Estranhamente Ele que sempre era divinamente discreto, naquele dia fez para que todos vissem.

- "Estende tua mão! - foi como a cura iniciou.

Por para fora o que nele estava imóvel. Mostrar para Deus minhas insensibilidades, minhas atrofias mais íntimas. Abrir o coração diante de Deus sem ressalvas e pudores...
O convite que te faço hoje, é se ver nesse homem e não mais se esconder atrás dessa imposição que a vida tem lhe colocado.

O desejo de Jesus é restituir você...

O que você perdeu?

O que de você foi furtado?

O que você não consegue mais segurar em tua vida?


Aquele homem teve sua mão restituída como antes era. Á vista de todos daquela perversa-piedosa comunidade... E hoje quero dizer que Deus lhe devolverá o que foi perdido, saiba disso: Nada está perdido diante de Deus!!!

Sonhos, projetos, talentos...


Um beijo carinhoso,


Me escreva se desejar conselho e oração...



Nele, de Quem ouvimos que Suas mãos não estão encolhidas para que não possa nos abençoar.
Ricardo